(Estarei morta?
Como um velho boneco
com a corda partida,
um dia irei da vida
numa caixa comprida).
Mas se estou morta
deveria calar-se
o pingo da torneira,
ou terei de o ouvir
a morte inteira?
(Será isto o inferno,
uma torneira,
pingue-pingue,
a morte inteira?)
Como um velho boneco
com a corda partida,
um dia irei da vida
numa caixa comprida).
Mas se estou morta
deveria calar-se
o pingo da torneira,
ou terei de o ouvir
a morte inteira?
(Será isto o inferno,
uma torneira,
pingue-pingue,
a morte inteira?)
Fernanda de Castro