Fernanda de Castro nasceu em Lisboa no dia 8 de Dezembro de 1900 e morreu na mesma cidade a 19 de Dezembro de 1994. Escreveu poesia, romance, teatro e até um livro de introdução à botânica. Criou e desenvolveu a Associação Nacional dos Parques Infantis, inaugurando o primeiro parque no dia 6 de Novembro de 1933. Traduziu Rainer Maria Rilke (Cartas a um Poeta), Katherine Mansfield (Diário), Pirandello (Uma verdade para cada um e Volúpia da honra) Ionesco (O novo inquilino, O Rei está a morrer), Valéry Larbaud (Divertimento Filológico), Sófocles (Electra), Henri Duveruois (A Fuga), Maurice Maeterlinck (O Padre de Setúbal), entre outros. Colaborou em diversas publicações periódicas, nomeadamente no Diário Popular e nas revistas Arte Peninsular, Panorama, Ilustração Portuguesa, Portugal Feminino, entre outras. Estreou-se na vida literária aos 19 anos, com a publicação do livro de poesia Ante-Manhã. Vence nesse ano (1919) o Primeiro Prémio no concurso de originais do Teatro Nacional, com a peça Náufragos. Em 1922 participa na Semana de Arte Moderna de São Paulo e conquista a amizade e admiração de Tarcíla do Amaral, Anita Malffati, Owsvald de Andrade, entre muitos outros. Com o romance Maria da Lua (1945) foi a primeira mulher a obter o prémio Ricardo Malheiros da Academia de Ciências de Lisboa. Em 1969 é-lhe atribuído o Prémio Nacional de Poesia.
Poesia
- 1919 - Antemanhã
- 1921 - Danças de Roda
- 1924 - Cidade em Flor
- 1928 - Jardim
- 1941 - Daquém e Dalém Alma
- 1952 - Exílio
- 1955 - Asa no Espaço
- 1962 - A Ilha da Grande Solidão
- 1966 - África Raiz
- 1969 - Poesia I e II
- 1989 - Urgente
Romance
- 1928 - O Veneno do Sol
- 1945 - Maria da Lua
- 1948 - Sorte
- 1956 - Raiz Funda
- 1973 - Fontebela
Teatro
- 1920 - Náufragos (Peça representada em 1924)
- 1930 - Nova Escola de Maridos
- 1943 - A Pedra do Lago (Estreada em tradução romena, por Mircea Eliade, no Teatro Nacional de Bucareste em 1942 e no Teatro da Trindade em 1943)
- 1961 - A espada de cristal (Peça representada no Teatro Nacional D. Maria II)
- Coulisses (inédito, em françês)
- Mãe Dolorosa (representada na RTP)
- Os cães não mordem (obra póstuma)
Cinema
- Rapsódia Portuguesa (1959), realizado por João Mendes. (*Em competição no Festival de Cannes)
Publicações periódicas que orientou
- Revista Bem Viver (1953-1954)