no bosque da vida.
Os olhos desertos,
os gestos errados,
os passos incertos,
os sonhos cansados.
Menina perdida,
desaparecida
nos longos caminhos
de pedras e espinhos.
Cabelos molhados,
pés nús, alma exangue,
vestidos rasgados,
mãos frias, em sangue.
Menina encontrada
na berma da estrada.
Andava perdida
mas já foi achada,
de branco vestida,
de branco calçada.
Menina perdida
no bosque da vida.
Fernanda de Castro
Poesia I (1969) pp.163-164
2 comentários:
Parabens pelos seus blogs, eles expoem uma das coisas que gosto verdadeiramente: poesia. Gosto de ler e atrevo-me a escrever, mas tambem gosto de expor quem bem escreveu ou escreve. Fernanda
Muito obrigado.
António
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