sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Pintura a óleo de Anita Malfatti

Fernanda de Castro. 1922. óleo s/ tela (73,5x54,5). Col. Marta Rossetti Batista, SP.


Anita Catarina Malfatti foi uma pintora e professora brasileira. Nasceu em São Paulo, a  2 de dezembro de 1889 e morreu na mesma cidade a  6 de novembro de 1964. Estudou na Academia Real de Belas Artes de Berlim e viveu em França e nos EUA. A sua primeira exposição individual acontece em São Paulo, em 1914, no Mappin Stores. Integrou a SPAM (Sociedade Pró-Arte Moderna) e foi presidente do Sindicato dos Artistas Plásticos de São Paulo.

Memória Livre

"[...] Enfim, seja como for, o que importa sublinhar, parece-me, é que estas balizas temporais não se apresentam intransponíveis. Primeiro, porque à narração dos factos evocados  Fernanda de Castro junta a do próprio acto de evocar -  e essa decorre nos anos 80. Depois, porque nem mesmo as coisas evocadas -  figuras ou acontecimentos ou simples momentos vividos - se contêm todas, obedientemente, entre 1906 e 1939... A memória flui abundantemente e caprichosa como um rio em cheia, extravasando das margens impostas." 

Esther de Lemos
Memória livre [crítica a 'Ao Fim da Memória - Memórias (1906-1939)', de Fernanda de Castro], in Colóquio Letras nº 98, (Jul. 1987) pp. 89-92 Continue a ler aqui. A recensão crítica ao II volume de memórias pode ser lida aqui.

Maria Esther Guerne Garcia de Lemos é uma escritora portuguesa. Nasceu no Bombarral no dia 2 de Novembro de 1929. É licenciada em Filologia Românica pela Faculdade de Letras de Lisboa. Traduziu Boccaccio, Petrarca, Pascal, La Fontaine, etc. Recebeu o Prémio Eça de Queirós com a publicação de Companheiros (1959), e escreveu, entre outras obras, A Literatura Infantil em Portugal, Lisboa, 1972; Rapariga, s/l, 1949; A Menina de Porcelana e o General de Ferro: contos infantis, Lisboa, 1957; A Borboleta sem Asas, Lisboa, 1958; A Rainha da Babilónia, Lisboa, 1962; etc.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Um Pássaro a Morrer

Não é vida nem morte, é uma passagem,
nem antes nem depois: somente agora,
um minuto nos tantos duma hora.
Uma pausa. Um intervalo. Uma viragem.


Prisioneira de mim, onde a coragem
de quebrar as algemas, ir-me embora,
se tudo o que em mim ria agora chora,
se já não me seduz outra viagem?


E nada disto é céu nem é inferno.
Tristeza, só tristeza. Sol de Inverno,
sem uma flor a abrir na minha mão,


sem um búzio a cantar ao meu ouvido.
Só tristeza, um silêncio desmedido
e um pássaro a morrer: meu coração.

Fernanda de Castro

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

António Ferro é Sérgio Moras e Fernanda de Castro é Vânia Maia em peça de Helder Costa

"E se a trama principal é este jogo de conspiração política, onde surgirão também, de forma caricatural, o rei de Espanha, o general Milan Astray (Célia Alturas), Salazar (Pedro Borges) e a sua governanta, Hélder Costa não descura a importância do papel dos artistas, desde António Ferro (Sérgio Moras), a sua mulher, a escritora Fernanda de Castro (Vânia Maia), a Almada Negreiros (Adérito Lopes) e ao próprio Fernando Pessoa, não poupando críticas o movimento “ORPHEU” de 1915, acusando-o de ser um movimento vanguardista anti-republicano e futurista que serviria, na sua maioria, de apoio à ditadura salazarista. Como contraponto a este movimento intelectual Hélder Costa ressalta o papel da Seara Nova, destacando as intervenções de Jaime Cortesão (Sérgio Moura Afonso) e Raul Proença (Ruben Garcia)."

O Mistério da Camioneta Fantasma, de Helder Costa está em cena de 23 de Setembro a 14 de Novembro, de 5 ª a Sábado às 21h00, Domingo às 16h00, na sala 1 do TeatroCinearte (A Barraca).