"O céu está hoje azul como no primeiro dia da Criação. Tudo é verde, até as piteiras, até os musgos que são cinzentos. As estevas começam a vestir-se de branco, os favais sangram as primeiras papoilas, centenas de pequenas borboletas brancas dançam ao sol as suas vidazinhas efémeras. E, contudo, há mau tempo nos meus olhos, que estão hoje cinzentos, dum cinzento tempestuoso, opaco, mineral. (...)"
Fernanda de Castro, Ao Fim da Memória I, p. 10
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