segunda-feira, 29 de junho de 2015
Elvira de Freitas (1927-2015)
quinta-feira, 28 de maio de 2015
Adeilton Lima diz poema de Fernanda de Castro
terça-feira, 19 de maio de 2015
Amália Rodrigues, Fernanda de Castro e Alain Oulman preparam gravação de um disco
"Diário de Noticias" de 19 de Novembro de 1971 |
Obrigado ao Ramiro Guiñazú
que gentilmente nos enviou este recorte.
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Ramiro Guiñazú
Primeira carta de Cecília Meireles a Fernanda de Castro
"Não tenho o prazer de a conhecer pessoalmente, mas
gostei tanto dos seus versos que não resisto à tentação de felicita-la em quatro linhas sinceras. (...)"
Cecília Meireles
Fevereiro de 1930
in DAMASCENO, Darcy. Notas acerca da poesia, da crítica
e da correspondência de Cecília Meireles. 26,2,71.
Arquivo Darcy Damasceno, Seção de Manuscritos da
Biblioteca Nacional. Rio de Janeiro, Brasil.
Cecília Meireles e António Ferro
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segunda-feira, 23 de março de 2015
"Esta é a casa mais célebre de Lisboa"
(...) Antes de começar a debitar datas, nomes e a contar episódios que interligam os séculos, Guilherme d’Oliveira Martins resume numa frase o espaço que temos diante dos olhos e cujos quatro andares nos obrigam a olhar alto para ver o seu topo: “Esta é a casa mais célebre de Lisboa.”Está dado o mote, vamos às personagens. Ramalho Ortigão, José Gomes Ferreira, Ofélia Marques, Fernanda Costa, Bernardo Marques, António Ferro e Oliveira Martins foram alguns dos habitantes mais famosos da casa de fachada cor-de-rosa, mas que já se viu pintada de todas as cores, politicamente falando. A esquerda e a direita já a baptizaram noutros tempos de “Soviete dos Caetanos”, nome dado tendo em conta a denominação da rua que, até aos anos 60, se chamava “Calçada dos Caetanos” e pelos antagonismos políticos de quem lá coabitou. O escritor António Ferro, que se tinha mudado com a mulher, a escritora Fernanda de Castro, era secretário da Propaganda Nacional, e José Gomes Ferreira era membro do Partido Comunista. No prédio viva ainda o casal das artes plásticas, Bernardo Marques e Ofélia Marques. “Isso não impediu que, quando Ferro se mudasse com a esposa, a escritora Fernanda de Castro, não houvesse uma convivência saudável entre as casas e o espírito era até de grande entreajuda”, explica Oliveira Martins.
Jornal i
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sexta-feira, 13 de março de 2015
Felicidade suprema "dar" | Para os pobres do Pôrto
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quinta-feira, 12 de março de 2015
Antonio Ferro, Orpheu and Beyond
"In 2015, a cool one hundred years
after the publication of the first issue
of Orpheu, a journal which, in its 2
issues, scandalized pretty much all
of Portugal, there are conferences
lined up in Portugal and Brazil, as
well as exhibitions mounted in the
same cities.
There is even one at
the Library of Congress in the U. S.
of A. ( though nothing is planned,
as far as I know, for London or, for
that matter, for Durban. Time has
long since confined itself to singling
out for our attention figures such as
Mário de Sá-Carneiro, Almada
Negreiros, and, of course, Pessoa.
Seldom acknowledged, though (and
then only grudgingly), is the role of
Ferro (money, yes, but no literary
contributions from this baby in the
putsch. Undoubtedly, his years
afterwards as a risk-taking news-
man (conducting sympathetic
interviews with fascist heads-of-
state) or as the eager-beaver, self-
promoting publicist of Salazar's
thumb-screws rule.
But forgot
is his unflagging loyalty to a
Modernist agenda, promoting the
literature, architecture, and lore
of his country. It's time to re-open
the cold, cold case of Antonio Ferro. "
Universidade de Brown
Mar. 8, 2015
terça-feira, 3 de março de 2015
Feira Mundial de Nova Iorque (1939)
Fernanda de Castro, António Ferro e João de Bianchi (Ministro de Portugal em Washigton) na Feira Mundial de Nova Iorque de 1939 |
quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015
A um mês de completar 90 anos, está a terminar a sua tese de mestrado
Foi na Associação Nacional dos Parques Infantis, coordenada pela poetisa Fernanda de Castro (...), que Rosa trabalhou nos primeiros anos de carreira, como professora de lavores. “Ensinava bordados, costura, como fazer uma saia, uma camisa, coser meias… Porque na altura ainda se remendavam as coisas, agora quando se estragam compramos outras”, recorda.
http://www.serafectivo.com/andar-para-a-frente-um-caso-de-vida/
terça-feira, 24 de fevereiro de 2015
"A volúpia da honra", tradução de Fernanda de Castro
Chegada, a Lisboa, de Jules Romain
03-05-1935 Jules Romain, António Ferro, Fernanda de Castro, António Eça de Queirós, Augusto Ferreira Gomes e Carlos Queirós |
Chegada, a Lisboa, de Margarita Nelken
segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015
Fernanda de Castro e António Ferro na Polónia
Varsóvia (Março de 1936)
|
Varsóvia |
Nesta passagem pela Polónia, Fernanda de Castro e António Ferro também vão até Carcóvia onde conhecem, entre outros, Maria Rogoyska, Witold Zechenter e Louis Rublo.
[via http://nac.gov.pl]
quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015
Balada das águas
BALADA DAS ÁGUAS
Música: Armando Carlos da Silva Marta (1940-2007)
Letra: 1.ª quadra de Maria Fernanda Teles de Castro e Quadros Ferro (1900-1994), adaptada por Armando Marta; 2.ª quadra de Armando Marta (1940-2007)
Incipit: Ó rio das águas claras
Origem: Coimbra
Género: Canção de Coimbra
Subcategoria: composições estróficas
Data: 1962
Arranjo gC acompanhamento: Eduardo de Melo
Que te vais lançar no mar!
Não leves minha alegria,
Leva antes meu penar.
Ó meu amor, minha vida,
Por amor vivo amargurado...
Só, numa ilha perdida,
E a saudade a meu lado.
sexta-feira, 30 de janeiro de 2015
E pus tal força e alegria na possibilidade de a ver
[Recebemos hoje este texto de uma leitora de Fernanda de Castro,
Fátima Rosado, a quem muito agradecemos o testemunho]
"Pelos meus dezassete anos li um poema que me abriu um mundo novo. Copiei-o, decorei-o, passou a andar sempre comigo. Não conhecia quem escrevera (só o nome) mas como estava num livro de Português e o professor não informou, e não havia internet!, parti do princípio que a autora já tinha morrido…
Trinta e oito anos depois, estou em Lisboa, de saúde muitíssimo frágil, encontro um amigo que me diz que está todo entusiasmado porque tem uma entrevista marcada com uma pessoa especial. E disse o nome…
No primeiro instante não me interessou porque não conhecia a tal pessoa e o nome nada me disse… mas a coisa ficou no meu ouvido e comecei como que a acordar e a imaginar “se”…, ah, mas não, não podia ser! … então, muito agitada já, telefono-lhe a perguntar o que fazia a tal mulher que ia visitar e… já está a imaginar! Era a “minha” autora que considerava morta, e desde há muito)…
Fiquei em estado de choque, positivo… E pus tal força e alegria na possibilidade de a ver, para lhe dizer que vivia há tantos anos com ela, e lhe agradecer…, que foi possível encontrarmo-nos antes de voltar para Faro.
Depois, e até à morte dela, bem mais tarde, sempre que ia a Lisboa telefonava para poder estar com ela.
No convívio desses anos, pude confirmar que a minha juvenil admiração pela escritora podia incluir a pessoa da escritora. Pude então apreciar uma mulher extraordinária (e ler dela muito mais que o único poema!). Chamou-se Fernanda de Castro, continua viva em mim e sempre agradecerei termo-nos podido encontrar (e reencontrar) nesta vida e ter havido sintonia nas formas de pensar e sentir a Vida!"
Fátima Rosado
quarta-feira, 14 de janeiro de 2015
Um mar inexistente
Eu sei onde nasci; naquela rua
de árvores mortas e de velhas casas
onde ensaiei os meus primeiros passos,
e onde as minhas pueris, tímidas asas,
se transformara simplesmente em braços.
Mas que importa? Sinto-me perdida
como alguém que em menino se perdeu
e sei que a minha vida é outra vida,
e sei que não sou eu, que não sou eu!
de árvores mortas e de velhas casas
onde ensaiei os meus primeiros passos,
e onde as minhas pueris, tímidas asas,
se transformara simplesmente em braços.
Mas que importa? Sinto-me perdida
como alguém que em menino se perdeu
e sei que a minha vida é outra vida,
e sei que não sou eu, que não sou eu!
Que venho de mais longe… da distância
que medeia entre o sonho e a realidade,
que nunca teve pátria a minha infância,
que nunca teve idade a minha idade.
que medeia entre o sonho e a realidade,
que nunca teve pátria a minha infância,
que nunca teve idade a minha idade.
Que o meu país, se existe, é como a quilha
de um barco a demandar inutilmente
uma impossível, ignorada ilha
banhada por um mar inexistente.
E contudo eu nasci naquela rua
de árvores mortas e de velhas casas
onde ensaiei os meus primeiros passos,
e onde as minhas pueris, tímidas asas,
se transformaram simplesmente em braços.
de um barco a demandar inutilmente
uma impossível, ignorada ilha
banhada por um mar inexistente.
E contudo eu nasci naquela rua
de árvores mortas e de velhas casas
onde ensaiei os meus primeiros passos,
e onde as minhas pueris, tímidas asas,
se transformaram simplesmente em braços.
Fernanda de Castro
Exílio
Ah, Clara, estou farta, farta!
Enganas-te: ficou também um certo cansaço, um certo mal-estar, que, apesar de tudo, nos separa. Estou farta de combater eternamente os seus demónios, aquele gosto do sofrimento que é para ele uma espécie de segunda natureza. Tu bem sabes que detesto complicações, que só tenho uma ambição na vida: ser feliz, viver simplesmente, sem histórias, sem dramas. Ele, pelo contrário, adora a tragédia, as discussões inúteis, as reconciliações momentâneas que não remedeiam nada. Ah, Clara, estou farta, farta!
Fernanda de Castro
A Pedra no Lago. Peça em Quatro Actos, 1943.
Círculo de Leitores, Lisboa, 2006., p. 15
Fonte
Desfolham-se no chão giestas aos molhos,
rosmaninho do monte.
Anda a emoção boiando à flor dos olhos.
A manhã sabe a fonte.
rosmaninho do monte.
Anda a emoção boiando à flor dos olhos.
A manhã sabe a fonte.
Fernanda de Castro
do poema Comunhão
sábado, 10 de janeiro de 2015
"Fernanda de Castro em Marvão"
Mário Casa Nova Martins
"Fernanda de Castro em Marvão"
Revista Plátano n.º 3
(leia um excerto deste artigo aqui)
quinta-feira, 8 de janeiro de 2015
Paulo de carvalho sobre os parques infantis de Fernanda de Castro
terça-feira, 6 de janeiro de 2015
Uma bela edição
Publicidade à tradução de Cartas a um poeta de Rainer Maria Rilke
Mundo Literário, Semanário de Crítica e informação, nº.14, 10 de Agosto de 1946
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Rainer Maria Rilke
sábado, 3 de janeiro de 2015
Um sonho
"Em Marvão não tem televisão nem telefonia. Na vila não se vendem jornais. Tudo o que se vai passando em Portugal aquele Verão de 1974 chega-lhe por carta, ou por jornais que lhe mandam. Sente-se desorientada e perplexa. Porém, os novos tempos não eram seguros, e tem que regressar a Lisboa nos finais de Outubro, porque a sua casa tinha sido assaltada. Também, se aquele incidente desagradável não tivesse acontecido, em breve voltaria a Lisboa, pois em Marvão, nos fins de Outubro, já era frio, sobretudo à tardinha e de noite. Por outro lado, a lareira que funcionava lindamente, agora, quando se acendia, parecia não ter tiragem, espalhando-se o fumo pela sala, de maneira que não se podia respirar.
Cansada de tanto escrever, tem um sonho, no qual o céu se fende, despejando torrentes de água. (...)"
Mário Casa Nova Martins
"Fernanda de Castro em Marvão"
Revista Plátano n.º 3, pp. 83-90
Voies du paysage: représentations du monde lusophone
Positivamente
"Fernanda de Castro comove-me. Ela tem o segredo de uma fórmula, que é a de atingir positivamente tanto a minha percepção crítica quanto a minha sensibilidade de leitora, o que não acontece muitas vezes. (...)"
Fernanda Botelho
"A Festa da Memória" Colóquio Letras, N.º 115/116 (Maio 1990)
A Festa da Memória
Marvão
São de granito as pedras de Marvão,
mas, ainda mais, são páginas de História.
Houve sangue, houve dor mas houve glória
neste castelo há séculos cristão.
Esta glória é de todos, da Nação
que a mereceu e a guarda na memória.
Foi muito caro o preço da vitória,
quantas vezes a fome em vez de pão.
Castelo de Marvão, águia-real,
asas abertas sobre Portugal
pousada no granito da montanha.
Em torno a mata, as silvas, os penedos;
em baixo o rio, a várzea, os arvoredos,
e ao longe a Estremadura, a velha Espanha.
mas, ainda mais, são páginas de História.
Houve sangue, houve dor mas houve glória
neste castelo há séculos cristão.
Esta glória é de todos, da Nação
que a mereceu e a guarda na memória.
Foi muito caro o preço da vitória,
quantas vezes a fome em vez de pão.
Castelo de Marvão, águia-real,
asas abertas sobre Portugal
pousada no granito da montanha.
Em torno a mata, as silvas, os penedos;
em baixo o rio, a várzea, os arvoredos,
e ao longe a Estremadura, a velha Espanha.
Fernanda de Castro
Entrevista de Fernanda de Castro a Ana de Castro Osório
Diário de Lisboa, 21 de Abril de 1921 |
"Mas decididamente eu não tenho jeito nenhum para entrevistar ninguém. Acho sempre desagradável arrancar opiniões ou forçar comentários. (...)"
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