sábado, 29 de março de 2008

Quando te dói a alma

"Quando estás descontente,
quando perdes a calma
e odeias toda a gente,
quando te dói a alma,

quando sentes, cruel,
o prazer da vingança,
quando um sabor a fel
te proíbe a esperança,

quando as larvas do tédio
te embotam os sentidos,
e o mal é sem remédio
e a ninguém dás ouvidos,

nega, recusa a dor,
abandona o deserto
das almas sem amor
e mergulha o olhar
em tudo o que está certo,
o mar, a fonte, a flor. "

Fernanda de Castro in, Poesia II

2 comentários:

fas disse...

Será "te embotam os sentidos"?

Anónimo disse...

É, exactamente, muito obrigado!