quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Fleuma

‎"Pensando na calma, na fleuma, no civismo dos Suíços, que por vezes toca as raias da mania, lembro-me agora duma frase da marquesa de Quintanar, que acabava de passar seis meses na Suíça, no sanatório, com a filha doente. De regresso a Madrid, ao descer do avião, explodiu:
- Caramba! Já se pode cuspir no chão!
E tirando da algibeira uns poucos papéis de rebuçados amarrotados, espalhou-os aos quatro ventos, num gesto vingativo que muito a aliviou."

Fernanda de Castro, “Ao Fim da Memória II 1939 – 1987”

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